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13 julho 2011

Papa-Arroz


Ontem vi o "Papa-Arroz".

Passei por ele com um sorriso que mais parecia estar a ver um filho desaparecido que afinal regressou da guerra quando já ninguém esperava (imagino eu... claro que não faço a menor ideia do que é ter um filho, quanto mais ter um que foi em nome da pátria e voltou inesperadamente! mas o reencontro foi sentido por mim de uma forma que merece algum dramatismo!). Não sei que informação foi passada, desde que a minha imagem foi percepcionada, até lá acima, na cabeça dele, mas o que é certo é que fez um sorriso tão grande como o meu - o que rapidamente fez com que o meu cérebro me ordenasse que me emocionasse ainda mais...

Disse-me "Olá" e tudo!... mas não faço a mínima ideia se me reconheceu - no momento gostei de pensar que sim, na minha análise instantânea e de cariz projectivo - mas a verdade, e bem mais logicamente, é que obviamente não me tenha reconhecido... tantos anos depois.

Não me lembro de alguma vez ter falado com o "Papa-Arroz". Nem sequer sei o nome verdadeiro. "Papa-Arroz" era o nome que os miúdos que ali viviam e brincavam lhe chamavam. Acho que na minha inocência perguntei uma vez a alguém o porquê da alcunha... eu percebia o porquê, mas apesar de saber e estar bem ciente da dificuldade que muita gente passava, achava que mesmo assim era uma alcunha limitada! - o "Papa-Arroz" não podia comer só arroz!
Este senhor, com quem os miúdos gozavam (diga-se de passagem, por terem medo, e mais tarde, por estupidez!) tinha obviamente dificuldades a todos os níveis - e hoje em dia posso assegurar que, perturbações mentais e comportamentais, possivelmente por problemas neurológicos.

O "Papa-Arroz" vivia sozinho ao fundo de um corredor a meio da rua. Estava sempre muito encasacado (como ontem, aliás!) mesmo que o calor fosse infernal, trazia quase sempre um saco que remetia todos os pequenos para o temido "homem-do-saco", andava sempre desajeitado (tanto na aparência descuidada como nos movimentos) e raramente falava - e quando falava, não me lembro de alguém o compreender.

Sempre o observei com curiosidade - talvez por ser filha única e pelo interesse por pessoas em geral (que me fez todo o sentido quando tive psicologia no secundário...), não me perguntem o porquê! Mas enquanto criança sempre fui muito mais de ficar no meu canto a observar; só mais tarde passei a ser bem mais comunicativa.
Via-o "enxotar" os miúdos que se metiam com ele e que lá iam "infernizá-lo"... Sempre achei deplorável que o fizessem, e ficava envergonhada quando também olhava para mim, que estava cá em frente à loja de fotografia dos meus Pais, sossegada, como se também eu tivesse lá ido bater-lhe o portão ou gritar ou rir, ou fosse o que fosse...

Desde que me mudei para aquelas bandas, que a maioria das vezes que ali passava pensava no que seria feito daquele senhor... (já não o achava novo na altura, mas...)

Fiquei mesmo contente por ver que ainda anda por ali! E sorridente!


09 junho 2011

"Somewhere...


... over the rainbow,
skies are blue,
and the dreams that you dare to dream
really do come true. (...)"



O fim-de-semana que passou foi cheio de emoção.

Bem sei que por aqui não cheguei a dizê-lo, mas em Janeiro passado voltei ao ballet.
Sábado de manhã lá estivemos todas para a apresentação do final do ano, num misto de aparente calma e alguma nervoseira antes do pisar um palco. Fomos, e correu tudo melhor do que temíamos depois do horrendo (na minha opinião) ensaio geral do dia anterior.

Com música e dança, voltámos a contar a história do Feiticeiro do Oz. (Um dos filmes que mais vezes vi quando era miúda - embora não fosse o meu preferido, e me lembre de não ter grande curiosidade em ver o Feiticeiro no fim do filme...) No entanto, em vez de Dorothy seguir o caminho dos tijolos amarelos, era o arco-iris que a levava numa viagem por imensos países. Fomos a tempestade e o arco-iris entre várias crianças pequeninas, "da" China, Japão, Quénia... (Fomos também a Itália, acalorada com palmas do público ao ritmo da tarantella napoletana!)

No fim, o arco-iris ficou incumbido de ajudar as pequeninas no seu agradecimento. O verde e o amarelo (eu própria), ficámos com as pequenas Japonesas, de quatro e cinco anos. Ora... adoro crianças, como quem me conhece bem sabe, e já no dia anterior tinha tratado de saber os nomes e de criar proximidade entre nós; zanguei-me com elas e tudo, quando já estavam a dispersar cansadas no ensaio geral, mas no dia correu tudo bem e elas estavam contentes por estarem direitinhas sob o olhar orgulhoso dos pais (e meu, confesso).

Bem sei, também, que nunca o disse, mas dia 4 de Junho era o dia em que a minha Avó faria anos. E todas essas emoções, no final e depois de ouvir (pela primeira vez!) a moral da história do espectáculo, ao mesmo tempo que o pano começava a descer e finalmente os projectores me deixaram ver o sorriso da minha Mãe, fizeram com que tivesse que conter o choro.

Não eram lágrimas de tristeza... eram de alegria por ter voltado a estas andanças, num dia que me toca pessoalmente - tornando-se numa espécie de homenagem - ainda que íntima - e por estarmos a transmitir uma mensagem tão importante a miúdos pequenos, e que tantos adultos se esquecem! (Não estava muito contente com a minha prestação porque houve erros que podia ter evitado, e vá... sou um bocadinho exigente - neste campo, hoje em dia, já nem posso falar em perfeccionismo, porque a perfeição para mim estará sempre bem longe!)

Apercebi-me depois, quando me virei e saímos do palco que não era a única comovida - nem de longe! E soube mais tarde, que não só os intervenientes, como também grande parte do público se comoveu com tudo.

Ficarei com beijinhos e abraços das "minhas" Japonesinhas na memória, a dizer "és fofinha", "deixa-me dar-te mais um beijinho" e muitos miminhos, e até dos pequeninos dos tambores a agarrarem-se às minhas pernas.

Uma manhã em cheio! =)

Deixo-vos com a moral da história, então:
"Tudo aquilo que procuramos está dentro de cada um de nós, mas para os nossos desejos realizar basta acreditar e os amigos guardar!"

É ou não é?
SONHAR, ACREDITAR, (CON)VIVER!



04 fevereiro 2010

Vinte e sete!


Podia dizer:
“Mais um. É verdade...”



Mas não, não me apetece – isso é o óbvio! E seria o conformismo por escrito...
Apetece-me antes partilhar o meu desagrado para com o número em si!

Gosto do número 2!
E, sim, gosto muito do 7 (já aqui o tinha dito anteriormente!).

Mas os dois juntos...
...formam um número ímpar, que vejo como deselegante, desequilibrado e que não deve nada à beleza (todos temos as nossas “manias”!).

A explicação para esta minha percepção do número 27, faz com que me lembre de uma conversa com o meu Pai, a propósito de pastéis de bacalhau.
Há muitos, muitos anos (ter 27 anos já me permite dizer isto! Hahaha!), dizia-me ele: “Gostas de bacalhau?” – “Sim!” – “Gostas de batata?” – “Sim!” – “Então, porque não gostas de pastéis de bacalhau? Tonta!”.

Pois...
Só posso dizer que estou de acordo com Kohler e os gestaltistas, que diziam que “o todo é mais que a soma das partes”.

Como diria a minha Mãe:
2+7=9, noves fora, nada!

E o que posso esperar é que este seja mesmo um ano zero, um renascimento, depois de nove meses a crescer de forma independente.

=)

17 dezembro 2009

AmarAmália

Sem palavras... muitas, muitas emoções!


(imagem de www.portaldofado.com)

Não só pelo espectáculo em si, tocante, mas pelo contexto em que o assistimos.
O reencontro com as colegas de outros tempos e posteriormente com a nossa querida Professora Liliana ficará para sempre gravado na minha memória. Adorei!




09 novembro 2009

A queda...


... do Muro de Berlim: é o assunto do dia!



Passaram 20 anos desde esse momento de liberdade e de esperança.
Tenho várias imagens gravadas na memória...

Quando o muro foi deitado abaixo tinha apenas seis anos e não percebia muito bem o que se estava a passar, mas duma coisa eu tinha a certeza: havia muita gente contente, muita gente emocionada! Era o que eu entendia através das imagens na televisão!



Deixo aqui um bocadinho do concerto que mais me faz recordar esse marco histórico (a mim e a provavelmente muita gente...). Roger Waters (dos Pink Floyd) em Berlim, em 1990, num concerto comemorativo pela queda do muro:



Por incrível que pareça, depois de duas décadas de evolução mundial, o que sinto é que parecemos retroceder... o sentimento que sentia como crescente na altura, de esperança no futuro, parece agora esconder-se por detrás do medo pelos tempos difíceis que já chegaram...

A crise chegou e nunca mais "zarpa", as guerras continuam, a insegurança a todos os níveis aumenta...

Será apenas porque era criança na altura?

...

18 setembro 2009

Sete anos...


... passam a voar!


É um dos meus números favoritos, o sete.

Mas no que toca ao calendário, parece-me muito tempo! Começo sempre a pensar em comparação ao que é possível acontecer em sete anos... e lembro-me das crianças, e da enorme diferença de aprendizagens e de desenvolvimento que há entre um bebé e uma criança de 6/7 anos... é uma diferença abismal mesmo, num espaço de tempo que para nós, adultos, parece passar num instante, cada vez mais depressa e com cada vez menos diferenças, igualmente notáveis, ao longo da vida!


Há sete anos comecei a trabalhar... mas a sério!
Não é comum (na minha geração - já que a grande maioria começou a trabalhar há um/dois anos)... mas também não gosto de situações demasiado comuns, e assim aprendi muita coisa que não teria aprendido da mesma forma.

A procura começou por brincadeira, como ocupação do tempo livre, enquanto estudava. No entanto, ironia do destino ou não, no dia anterior ao primeiro dia do part-time, telefonaram-me a perguntar se queria começar a tempo-inteiro! Nem hesitei... estava desanimada com os estudos... Não quis sequer saber quanto ia receber, o que eu queria era mesmo mudar de vida e aprender alguma coisa que realmente me fosse útil e me motivasse.
Nunca, até à altura do secundário, pensei que a minha vida seguisse o rumo que seguiu (ou melhor: que eu seguisse aquele rumo... o que escolhi - escuso de deixar em aberto, porque as opções foram mesmo minhas e não me arrependo de nenhuma). E provavelmente, todos os outros à minha volta ficaram tão ou mais surpreendidos com essas mudanças.

Lembro-me do primeiro dia de trabalho como se fosse hoje. Até tive sorte, acho... Sempre me disseram que lojas de roupa como aquela eram "ninhos de cobras", especialmente aquela, em que os clientes também não ajudam e há de tudo. Consigo "ver-me" de fora e sentir como era ingénua, e o quanto aprendi desde esse dia até hoje. O quanto mudou... a minha perspectiva e a minha forma de reagir. No fundo, não é que eu tenha mudado, mas o confronto com a realidade trouxe-me das nuvens para o chão... e em vez de viver noutro mundo o tempo todo, passei a visitá-lo só quando é possível.

Na escola da vida que ingressei há sete anos, aprendi...
... a não ter vergonha em falar sobre o que for, com quem for (sim, era mesmo muito mais tímida, e bem mais calada);
... a trabalhar em equipa (a ser menos indivualista), como parte dela e como responsável pelos resultados;
... a partilhar o que aprendi no passado com os meus novos colegas;
... a resolver situações injustas, que até pudessem não ter nada a ver comigo, sem deixar de ser quem sou e sem perder a paciência, a postura ou o sentido de responsabilidade;
... a organizar o meu tempo livre melhor para poder fazer tudo o que quero sem chegar atrasada ou falhar ao compromisso laboral...

Aprendi, acima de tudo, que era capaz de ser independente e de atingir os meus objectivos com confiança.



Tenho saudades dos bebés, dos miúdos (e alguns até sabiam o meu nome), de assistir à evolução das barrigas das futuras Mães e do crescimento dos miúdos, da algazarra nos feriados e fins-de-semana, dos risos, das partidas quando não havia nada para fazer, das discussões por um melhor resultado... das transformações com criatividade!
Há dias que me apetece lá ir e dizer a alguém "troca comigo hoje! vai lá para o escritório, eu fico aqui!"...



Nota: Este post faz-me sentir um pouco egocêntrica... o texto acima era apenas um marco desta data, mas rapidamente, e nem sei bem como, passou a uma espécie de balanço pessoal...

11 setembro 2009

P'rás (minhas) Miúdas...


=)


"Elas eram três...
A mais audaz, puxa da espada e ZÁS!!
Pensas que o matou?? Nãooooo...
Eu vou contar como tudo se passou! (...)"


(sim, elAs... na nova versão mais feminina - e hoje em dia são mais que três)

Mas quem são elas?
Hmm? Curiosos???




Acho mesmo que "Os Azeitonas" devem conhecer as minhas giras e boas, porque mais ninguém consegue descrever assim o mistério, o encanto, a essência das minhas Miuuuuuuuuudas!

Eles até podem ficar "um tanto ou quanto atarantados", e andarem por aí com dúvidas... mas eu sei bem quem elas são! E adoro-as por serem as mais especiais! Não vale a pena tentar arranjar comparação... para além de "giras e boas", são as melhores Amigas que alguém possa ter imaginado (sim, eu sei que parece mentira entre mulheres)! No verdadeiro sentido da palavra... nos "preeeeeegos", na gargalhada, na lágrima, na diversão, na concentração (mental mesmo! a.k.a. estudo), na comemoração, na aflição, na recordação, nos planos para o futuro... elas estão sempre lá, sempre estiveram e sempre estarão!

São simplesmente...

... um show!


Completamente...

(Diz que há uma espécie de miúdos... vá... com menos brilho - um bocadinho, há que fazer distinção de forma justa - que dão pelo nome de... Horríveis! Talvez mudem o nome na próxima estação, com a entrada da nova colecção, quem sabe! )

28 julho 2009

Castanho escuro, quase preto!

Tinha dito que um dia escreveria sobre a minha primeira ida ao cinema...

(não tenho a certeza se foi mesmo a primeira... acho que a primeira foi quando fui com os meus pais ver o Roger Rabbit... mas como dessa vez dormi, acho que não conta, lol!)

Para mim, a primeira vez foi esta, em que fui com a Tia K e o Tio M ver "O Urso".


Foi mesmo muito especial e tenho muitas imagens soltas desse momento gravadas na memória: fiquei sentada entre os dois e iam-me explicando algumas coisas... lembro-me do momento triste em que o urso é morto por um homem com uma espingarda, e que a cria fica sozinha... lembro-me do constante cenário verde das florestas...
Enfim, lembro-me o suficiente para ter reconhecido o dito filme há poucos anos na tv e ter automaticamente sentido aquele aperto no coração e a lágrima descontrolada...

É um misto de revolta com boas recordações.
Grizzly bears e a expressão "castanho escuro, quase preto" fazem-me lembrar M, namorado da minha Tia na altura, sempre bem-disposto e com muita paciência para mim (que era criança pequena). Fazia-me rir.

Partiu anos mais tarde, deixou uma bebé de colo. E acho que aí senti mesmo o que era injustiça. Tinha pouco mais de dez anos e não achei justo que pessoas "boas", novas, com vidas pela frente tivessem destinos assim. Senti-me mal, não o via há muito tempo porque já não era namorado da minha Tia, mas costumava ter notícias dele.

Costumava perguntar-me, assim que entrava em casa da minha Avó, enquanto fingia que coçava as costas como os ursos fazem:

- O que é que eu sou?
- Um urso!!!

- De que cor é o meu pêlo?
- Castanho escuro, quase preto!!!

Tínha decorado as respostas, claro, e durante anos foi assim. Respondia com entusiasmo e fartava-me de rir com as caretas quando ele se encostava à ombreira da porta ou a uma parede a imitar isto:




É assim que o vou recordar sempre, o meu Tio M.
=)


06 julho 2009

Os maiores



O meu videoclip preferido dos Queen na infância - claro, ou não gostasse eu tanto de galhofa!
Freddie Mercury demais mesmo! LOL!

=)

05 julho 2009

Isto sim...


É sensualidade!
Olé!



Bravo!

A cubana Prima Ballerina Assoluta, Alicia Alonso, nascida em 1920, eleita por muitos a melhor Carmen de sempre (e melhor Giselle também)!



Um bom exemplo da paixão pelo ballet: com problemas visuais desde 1941, Alicia nunca deixou de dançar e de aparecer em palco - até 1993 (pelo menos)!

A propósito...

... da minha nova tábua de passar a ferro, lembrei-me do Gabriel.

Também foi um dos artistas que marcou a minha adolescência (e pré). Mais um dos primeiros CD's que comprei com a mesada aos 10 anos e que continua mais actual do que nunca. Letras fantásticas! Adoro! Neste momento esse CD, que tenho há 16 anos, está no carro... porque continua a acompanhar-me, não está encostado num canto qualquer a apanhar pó. E não é só por causa da lôra burra... mas porque quase todas as músicas têm, antes de mais, as mais variadas críticas à sociedade (brasileira, mas que se adequam ao nosso país, e a tantos outros).

Fica aqui uma música desse álbum, com uma crítica à censura (de que ele próprio foi alvo) e o pedido para que todos se expressem e manifestem o descontentamento, para melhorar o que deve ser melhorado.

O Gabriel é "gentxi boa"! Grande artista, que admiro verdadeiramente!



* Sim... aos 10 anos já sentia esta revolta, com as coisas erradas do nosso Mundo, diziam que era muito adulta (mas também só me dava praticamente com adultos fora da escola) porque me preocupava com coisas que não a Barbie e o Ken, ou o Nenuco... ou sei lá! Tinha tempo para tudo isso, como filha única: para brincar sozinha com muita imaginação, para brincar com os vizinhos no pátio, com os amigos, e para tudo o resto, como tratar do meu companheiro Boss, ajudar o meu Pai nas compras quando a minha Mãe não estava, e ler sobre tudo um pouco.


02 julho 2009

Há coisas fantásticas, não há?


Depois de muito stresse e muita coisa para fazer (e de tudo estar "a correr mal", na minha perspectiva, pelas inúmeras interrupções e distracções - é que é sempre assim... quando finalmente surge a vontade de trabalhar a sério sem parar, toda a gente telefona, aparece, manda mensagem... enfim, adoro, mas vejo o tempo a voar e chego ao fim do dia de rastos), parece que Julho me trouxe finalmente alguns acontecimentos e muito boas notícias! Boas, não! Fantásticas, de sonho mesmo!!!

Começou tudo com um telefonema, preocupado, mas que me fez rir à gargalhada:
"- ** Real Estate?
- Seria possível falar com a "SaL"?
- É a própria, quem fala?
- Daqui fala o Pai!
- ?!? Já te foram fazer queixinhas, não é? (a rir, obviamente...)
- ?!? Mas o que é que se passou para ser urgente?
Desbobino logo quase tudo, páro, penso:
- Hmm?? Urgente?... E porque é que estás a ligar para este número??
- ?!? Mas não me ligaste há bocado e deixaste recado a dizer que era urgente para eu ligar para esse número?
- Nãooooooo..." (LOL)
E pronto, a partir daqui começou tudo a correr bem! =) Sim, sempre fui menina do Papá, e da Mamã também - mas não mimada (não no sentido popular da palavra, porque mimos sempre tive muitos, felizmente!!), por isso é que a minha Mãe arranjou esta artimanha para me pôr imediatamente em contacto com o meu Pai (e porque sou teimosa e disse que não o ia fazer só por aquele motivo). É que quando acontece algum imprevisto ou problema, eu tento resolver as coisas sozinha antes de "chatear meio-mundo"! E normalmente resulta!

Os "acontecimentos" deixaram-me aliviada por um lado, mas preocupada por outro (eu e as ambiguidades... isto de se ser empático tem muito que se diga, que nervos!!!). Tenho finalmente o espaço que queria - esperemos que assim continue! Para o bem de todos =)
A preocupação não tem nada a ver comigo, nem queria senti-la, mas não consigo evitar... penso na minha parte e sorrio, mas logo a seguir vem aquele nó na garganta "e agora?? será que vai correr tudo bem contigo? espero mesmo que sim... não faças asneiras." É a impotência de não poder ajudar se for necessário que me custa.

Com as notícias estou ansiosa, entusiamadíssima, mais sorridente do que nunca... sinto-me já realizada só por saber que vai acontecer: vou estagiar onde sempre quis!*
Onde me disseram "É muito difícil, só há duas vagas..." (bla bla bla... nhã nhã nhã - sim que o que as pessoas gostam mais é de tentar desmotivar alguém, com a desculpa de estarem a alertar para os perigos e as dificuldades... ok! tudo bem! compreendo, mas acho que há maneiras e maneiras de dizer as coisas, e eu, de certeza, nunca falaria assim... há sempre prós e contras, e para se pôr os pés no chão não é preciso deixar de sonhar!). Odeio expectativas, mas não é por isso que não me esforço para as alcançar ou para manter o nível que esperam de mim... mas se as coisas correrem mal - esperem, mas afinal, o que é que pode correr mal?? NADA: já se conseguiu muito até ao ponto de todos terem expectativas e ficarem admirados com um resultado menos bom da nossa parte, portanto... qual é o medo? Digo e repito: há que ver as coisas pelo lado positivo, SEMPRE, no matter what!
Ter resultados menos bons ou maus de vez em quando pode ser muito positivo, para mim é mesmo!

Já tinha tido o lugar de estágio quase garantido antes, quando estudava noutra instituição e tinha conseguido atingir o resultado necessário para isso... infelizmente, tive que optar e escolhi continuar os estudos noutro sítio, e com isso perdi o meu direito adquirido ao lugar pretendido... e nem sequer iria estagiar para o ano.
Agora tive a certeza de que o lugar é meu e de mais ninguém! Sabe bem conquistar duas vezes o que se quer! Querer é poder! Os resultados são sempre produtivos, mesmo que se mude de objectivo pelo caminho, o que interessa é não ficar parado à espera que caia tudo do céu!

Ahhh... e há pouco soube que tive 19 num trabalho! Já tinha saudades destas sensações! :P

* E ter o melhor orientador de todos - o mesmo da tese! =)

26 junho 2009

Lengalengas...

Aí vão sete! Aí vão oito!!!

Pim, pam, pum,
Cada bala mata um.
Lá em cima do piano,
Está um copo com veneno,
Quem bebeu morreu.

(O azar foi teu!)

Pim, pam, pum,
cada bala mata um,
p'rá galinha e p'ró perú,
quem está livre és mesmo...
TU!


Ou posso só fazer:
"
Pimponeta, pita pita pituxa, pita pita pituxa, PLIM!"
E pufff... all gone! (Fst-fst, já se foi! LOL)

=)

R.I.P. MJ


Estava a despachar-me, a ouvir as notícias, e ouvi qualquer coisa acerca de Michael Jackson, mas achei que tinha percebido mal. Só quando vinha no carro é que tive a certeza do que tinha acontecido...

O Rei da POP morreu.

Não sei como pensam as gerações mais novas, mas acho que todos os da minha geração concordarão comigo... Crescemos a ouvi-lo, foi o músico da nossa infância, autor de vídeos com coreografias espectaculares, e de músicas que ficarão para sempre na memória de toda a gente.

Como esta, uma das minhas preferidas...


E estas, já mais recentes (em alturas mais polémicas), acerca de questões, infelizmente, cada vez mais actuais no nosso Mundo:



25 junho 2009

Surpresa!!!




Adoro surpresas!!! (só estou a falar de surpresas agradáveis, claro...)

Porque sou muito desconfiada é difícil ficar verdadeiramente surpreendida com alguma coisa! LoL!
Por isso fico encantada quando realmente acontece algo que não espero... o que normalmente só acontece com situações banais do dia-a-dia, como uma mensagem, um e-mail, uma visita inesperada... ou como há pouco: com um simples telefonema (para o local de trabalho) de uma ex-colega do 1º ano da universidade. Fico realmente contente! Alegrou-me o dia, mesmo!

A única vez que me lembro* de ter ficado surpreendida, duas vezes no mesmo dia, com alguma coisa em que fossem necessários preparativos, foi numa festa de anos surpresa. A minha, no meu 16º aniversário!

Fiquei boquiaberta quando vi aparecerem quatro amigos meus lá em casa, depois de já estar de pijama... e íamos sair à noite! O pior é que fui só com a minha Mãe no carro, e já estava a ficar nervosa por nunca mais chegarmos.
Quando me disse que tínhamos de encontrar-nos primeiro com o meu Pai na loja, achei estranho.
Espreitei através das persianas da montra e disse "Eles não estão aqui... não está aqui ninguém!"... quando de repente: "SURPRESA!!!" - a minha turma quase toda presente! LoL!

Fui mesmo apanhada nesse dia... não vi papelinhos a circular na sala de aula quando estavam todos em combinações... nada de nada!
Adorei e vai ficar para sempre na minha memória, como o último aniversário organizado pelos meus pais, a última tarefa em conjunto antes do divórcio.

Já se passaram dez anos. Esse foi o primeiro dos três melhores e piores (sim, é possível em simultâneo) anos da minha vida. Não mudava nada se voltasse atrás no tempo!

=)

*
Acabei de me lembrar de uma outra situação em que também me surpreenderam, tanto tanto que fiquei pálida, gelada e quase desmaiei, mas só tinha 10 anos... A minha Mãe não estava em Portugal e (supostamente) faltavam três meses para voltar... "Tou aqui, 'tou aí!" dizia ela ao telefone, e uma bela tarde em casa da minha Avó, tocaram à campaínha e lá fui eu abrir a porta: não podia acreditar no que estava a ver... era mesmo ela, não conseguia acreditar que fosse possível! Fiquei extasiada, e não reagia com a felicidade que senti.

23 junho 2009

Toques...


Bons momentos ontem, com a minha FSK #1 do coração, a Sorry (luv babe!* 2 much)!

Descobrimos uma coisa inédita... temos alguma estranha forma de comunicar o que queremos, com certeza, já que mal olharam para nós, no restaurante, abordaram-nos com uma pergunta e só duas imediatas opções de escolha:

"- Para beber, o que vai ser? Ice-tea ou sangria?"
Claro que não vou dizer o que escolhemos, nem sequer se pedimos outras opções... LOL!

Para além do homem-estátua, que não paráva de se mexer e de dizer adeus, dos miúdos do campeonato de futebol que não parávam de cantar, ainda vimos uma senhora a andar num cavalo (era uma daquelas máquinas para crianças) de forma pouco ortodoxa...

Muita risota e estórias, como sempre! (Só faltou o "Preeeeego!" e o "Fst-fst, já se foi!")
Mas a que surgiu na conversa e que já nem me lembrava era um estranho hábito dos nossos tempos do liceu. Nessa altura os telemóveis eram ainda uma novidade, e para além dos sms's, tínhamos o hábito de dar toques uns aos outros... sim, mas não do tipo "quando chegar dou um toque e tu desces" ou algo parecido, não! Eram mesmo do tipo "só para dizer que me lembrei de ti agora"... chegávamos a utilizar o tempo de espera ou de seca para isso, "ora, deixa-me lá dar um toque a toda a gente da lista"... e claro, um toque respondia-se com outro toque que era do tipo "obrigado por te lembrares de mim, foste um(a) querido(a)!" ROTFL!

Lembro-me que andava quase sempre com o telemóvel sem som, e sempre que não estava, lá ouvia a minha mãe:
"- Sempre a tocar... sempre nas mensagens! Tens um namorado novo?"
E eu sempre:
"- Não, Mãe, foi só um toque!"
"- Estás com cara de caso... tens mesmo!"
E depois de alguma insistência e de eu me rir sem parar (ou até ficar com soluços) com a situação, por não ter mesmo, começava a ficar rabugenta, muito séria e irónica:
"- Pronto, 'tá bem, tenho! Se só vais parar quando disser que sim, mesmo que não tenha..."
LOL!

Belos tempos, belas vidas... tivemos uns tempos de liceu mesmo memoráveis e divertidos! =)

Miúda Show: está prometido aquele toque! =P

22 junho 2009

O Dom Quixote...

Só para recordar o melhor bailarino do Mundo, Mikhail Baryshnikov:



Misha, o sex-symbol do ballet... e não é difícil perceber porquê!

=)

19 junho 2009

I like to...

...move it move it,
I like to move it move it,
I like to move it move it,
You like to...
MOVE IT!





Se não viram o Madagascar 2, vejam! É muito giro, mesmo! Fui ver ao cinema e adorei... talvez pela companhia mais fantástica que podia ter, a minha irmã.
=)

Tenho a certeza que para ela ainda terá sido mais especial do que para mim, já que foi o primeiro filme que viu no grande ecran! Foi com o maior orgulho que não deixei que ninguém a levasse ao cinema antes de mim, para que não me "roubassem" uma promessa que lhe tinha feito!

Também recordo o primeiro filme que vi no cinema: "O Urso"... e sei perfeitamente quem estava comigo no cinema nesse dia. Mas isso são cenas de um próximo capítulo. Bem mais emotivo e triste...

Bom fim-de-semana!