insensatez |ê| s. f.1. Falta de senso; loucura. 2. Acto de insensato; temeridade.
Nalguns casos não é bem esta a falta em questão... (Aos meus amigOs: Aqui que ninguém nos lê... não façam nada sem pensar de que se possam arrepender, sem ter certezas do que querem, não amuem ou façam birras, e (principalmente!) não se chorem depois de perderem oportunidades por motivos que só fazem lembrar "crianças de 5 anos". A vida é curta demais para arrependimentos, e (principalmente!) para perder oportunidades pelo caminho... Se isso acontecer, o melhor é não dizer nada que torne a situação mais ridícula - peçam desculpa pelo momento de estupidez e avancem! Pode até ser muito amor (mais próprio...), mas é, antes de tudo, falta de chá, falta de maturidade e falta do poder masculino que encante uma mulher que se preze)
Há dois anos apaixonei-me pela música dos Donna Maria, que até então não conhecia...
No mesmo ano tive pena quando soube que se iam separar.
Em Dezembro do ano passado, fiquei colada à televisão, sem reacção, quando vi o produto do novo projecto de Marisa Pinto, com "A Máquina (acordou)" numa gala de Natal.
Achei que a música era envolvente, de cortar a respiração.
Continuo a adorá-la, e agora ando a ouvir com atenção todas as outras do primeiro álbum de Amor Electro.
Bem sei que por aqui não cheguei a dizê-lo, mas em Janeiro passado voltei ao ballet.
Sábado de manhã lá estivemos todas para a apresentação do final do ano, num misto de aparente calma e alguma nervoseira antes do pisar um palco. Fomos, e correu tudo melhor do que temíamos depois do horrendo (na minha opinião) ensaio geral do dia anterior.
Com música e dança, voltámos a contar a história do Feiticeiro do Oz. (Um dos filmes que mais vezes vi quando era miúda - embora não fosse o meu preferido, e me lembre de não ter grande curiosidade em ver o Feiticeiro no fim do filme...) No entanto, em vez de Dorothy seguir o caminho dos tijolos amarelos, era o arco-iris que a levava numa viagem por imensos países. Fomos a tempestade e o arco-iris entre várias crianças pequeninas, "da" China, Japão, Quénia... (Fomos também a Itália, acalorada com palmas do público ao ritmo da tarantella napoletana!)
No fim, o arco-iris ficou incumbido de ajudar as pequeninas no seu agradecimento. O verde e o amarelo (eu própria), ficámos com as pequenas Japonesas, de quatro e cinco anos. Ora... adoro crianças, como quem me conhece bem sabe, e já no dia anterior tinha tratado de saber os nomes e de criar proximidade entre nós; zanguei-me com elas e tudo, quando já estavam a dispersar cansadas no ensaio geral, mas no dia correu tudo bem e elas estavam contentes por estarem direitinhas sob o olhar orgulhoso dos pais (e meu, confesso).
Bem sei, também, que nunca o disse, mas dia 4 de Junho era o dia em que a minha Avó faria anos. E todas essas emoções, no final e depois de ouvir (pela primeira vez!) a moral da história do espectáculo, ao mesmo tempo que o pano começava a descer e finalmente os projectores me deixaram ver o sorriso da minha Mãe, fizeram com que tivesse que conter o choro.
Não eram lágrimas de tristeza... eram de alegria por ter voltado a estas andanças, num dia que me toca pessoalmente - tornando-se numa espécie de homenagem - ainda que íntima - e por estarmos a transmitir uma mensagem tão importante a miúdos pequenos, e que tantos adultos se esquecem! (Não estava muito contente com a minha prestação porque houve erros que podia ter evitado, e vá... sou um bocadinho exigente - neste campo, hoje em dia, já nem posso falar em perfeccionismo, porque a perfeição para mim estará sempre bem longe!)
Apercebi-me depois, quando me virei e saímos do palco que não era a única comovida - nem de longe! E soube mais tarde, que não só os intervenientes, como também grande parte do público se comoveu com tudo.
Ficarei com beijinhos e abraços das "minhas" Japonesinhas na memória, a dizer "és fofinha", "deixa-me dar-te mais um beijinho" e muitos miminhos, e até dos pequeninos dos tambores a agarrarem-se às minhas pernas.
Uma manhã em cheio! =)
Deixo-vos com a moral da história, então:
"Tudo aquilo que procuramos está dentro de cada um de nós, mas para os nossos desejos realizar basta acreditar e os amigos guardar!"
... a música continua actual. As mensagens em torno da liberdade de cada um e do respeito pelo outro, valorizando as vivências livres de materialismo, essas, fazem cada vez mais sentido nos tempos que correm.
déjà vu (locução francesa que significa "já visto") s. m. 2 núm. 1.Forte sensação de já ter presenciado ou vivido algo. 2.Coisa ou situação que não constitui novidade. Há sensações estranhas. Quem nunca as sentiu?
De repente, sentir algo que parece que já se sentiu... como estar num sítio desconhecido mas que parece ser um retorno, ver uma imagem pela primeira vez mas que parece familiar ou conhecer alguém que parece ter sido próximo a vida toda.
Receio? Estranho conforto? Os dois em simultâneo? Desconhecido. Inquietante. Especial.
*Para quem não gosta da mística associada ao tema, aqui fica uma breve explicação científica. Contentes? Aposto que não gostaram e que querem voltar à sensação que tinham antes serem curiosos... Lamento, agora já é tarde, a escolha não foi minha. Alguém teve um dejà vu ao ler a explicação? Se sim, por favor, partilhe a experiência! Não teve dejà vu? Pode partilhar outro qualquer... Sinta-se à vontade.
Não só pelo espectáculo em si, tocante, mas pelo contexto em que o assistimos.
O reencontro com as colegas de outros tempos e posteriormente com a nossa querida Professora Liliana ficará para sempre gravado na minha memória. Adorei!