27 março 2011

Mais um...

... daqueles que é quase impossível não ler de fio a pavio. Escrito por Nuno Lobo Antunes, neuropediatra.
Comecei e foi tortura ter que o fechar para dormir. Agora tenho de ir! ;)

Impossible is nothing



‎"Nothing is impossible, the word itself says 'I'm possible'!"
Audrey Hepburn


22 março 2011

Amor. Deste tipo ou "do outro"?



Há poucos dias surgiu aquela dúvida.
E realmente não é fácil de responder. Porque é o tudo e é o nada de tudo o que eu possa tentar dizer... É o que eu sinto por ti e o que sentes por mim, disse – e disso não tenho qualquer dúvida.

“E o que é o amor?”

Mas sim, é verdade que tu és Mãe e eu sou filha e que há amores diferentes.
E o outro?

O outro...
Diria “os outros”.
Porque (pelo menos eu) vivo de e por amor à minha volta.
E não é bom sentirmo-nos queridos pelos que nos rodeiam? Eu acho que sim, e digo mais – na rua, no café, na caixa de super-mercado ou no semáforo que não abre onde está alguém a pedir ou a entregar qualquer coisa, eu sinto um dos diferentes tipos de amor, daqueles que não trocava por nada, porque me faz sentir viva e tantas vezes me enche o coração. É o amor pela partilha, pelo dom de podermos entrar na rotina do dia-a-dia uns dos outros e mudarmos qualquer coisa, nem que seja um sorriso. Isso não é amor? Dou e recebo em troca em dobro todos os dias, e acho que é mesmo por isso que não me lembro “do outro” tipo de amor.

Já nem falo da Família e Amigos. Esse tipo de amor que aquece o coração nos dias frios e sombrios. Mas isso toda a gente sabe...
“Do outro” tipo é que não sabem – pelo menos, eu acho que não, porque quase todos os dias me perguntam por ele e eu esforço-me por não me lembrar que ele existe. E é difícil! Muito.

O “outro” tipo é aquele que toda a gente gosta de perguntar.
To-da a gen-te! – como se fosse uma doença grave, é impressionante... E quando uma pessoa está sozinha porque quer, porque não quer ficar com alguém só porque sim, isso então... explicado ninguém acredita!
Gosto especialmente quando o meu Pai me pergunta “Então?! Já tens namorado novo e não me queres dizer?” Respondo-lhe e diz-me “Abre os olhos... abre os olhos!”
Mas o problema é mesmo esse, acho. Abri os olhos tanto, mas tanto, que vi o que não queria ver por aí. Depois de ter aberto o coração, o que é um problema para voltar a acreditar em algo que não o evidente – e as evidências estavam lá quando abri bem os olhos.

O meu amor “do outro” tipo foi arrumado, selado e arquivado.
Antes disso, tinha-o posto num envelope devidamente endereçado, com um selo dos outros, e enviei-o... Mas esperei, esperei, e foi-me devolvido. Sem resposta.
Voltou para trás. Mudou de morada. Porque eu sei que não morreu – estava bem vivo quando o arquivei.
Agora está trancado a sete chaves numa gaveta de arquivo, e não sei se algum dia vai ser encontrado outra vez.

Talvez se torne um mito e ninguém tenha a certeza de que alguma vez existiu.
(É provável. Que não chegue a mito.)
Mas eu sei que sim. (E tu também.)

Como disse, é o tudo e é o nada de tudo o que eu possa tentar dizer.



Notas:
.NÃO ao novo acordo ortográfico!
.Perdoem-me, mas eu também tenho insónias de vez em quando, e tenho que me entreter!
.“Perdoem-me” não me agrada muito visualmente, parece que está mal escrito, mas acho que não... seja como for, com isto do novo acordo ortográfico, também já não devo ter a certeza – hei-de procurar! (há de ser hei de procurar a partir de agora... que horror!)

11 março 2011

Intuição


Acordei de repente. Sem razão aparente.
Não gosto desta sensação, a de hoje. Liguei a televisão e vi que tinha havido um sismo de 8,9 na escala de Richter no Japão à mesma hora - pensei... espero que tenha sido esta a razão para a estranha sensação, ou que seja tudo uma simples coincidência.
A verdade é que ainda não me sinto descansada!

"A razão pode advertir-nos do que é preciso evitar; só a intuição nos diz o que há que fazer." Joseph Joubert

Já todos ouvimos falar na intuição em vários momentos... seja a maternal (em que existem milhares de relatos), seja até no mais vulgarmente divulgado 6º sentido, caracterizado como mais feminino. As investigações e estudos não param e continuam a ser exploradas as capacidades do nosso cérebro - afinal já há muito que se dizia (Sim, dizia! Ler aqui, s.f.f!) que só utilizamos 10% das mesmas.

Mas o que é isso da intuição?






Carl Jung caracterizou-a de forma simples (melhor dizendo... simplificada - porque tudo o que é relacionado com a mente, consciente ou inconsciente, de simples não tem nada!): "Intuition (is) perception via the unconcious".

07 março 2011

A Primavera...


... parece estar a chegar!




Há um novo brilho em cada olhar ao virar da esquina, que veio com os primeiros raios de sol mornos durante as tardes, já mais longas.
Todos sabemos que é sol de pouca dura, mas ninguém parece resistir ao seu encanto! Os pássaros estão ainda mais despassarados, os gatos mais engatatões, há piscares de olhos que deixam uns e outros sem jeito ou resposta.

Gosto.

As pessoas sorriem mais e durante breves instantes... esquecem a crise, Sócrates, a situação na Líbia, ou no Egipto, as súbitas (e cada vez mais constantes) subidas de preços, e todo o género de problemas que é possível ouvir todos os dias, mesmo numa simples mesa de café, como prato do dia. Por momentos, o único interesse é o instinto, que é tão verdadeiro e que não vem mascarado, apesar da época.

Depois passa, mas - pelo menos – houve breves instantes em que o brilho foi outro, e no entretanto, ganha-se novo fôlego para a luta do dia-a-dia.