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09 junho 2011

"Somewhere...


... over the rainbow,
skies are blue,
and the dreams that you dare to dream
really do come true. (...)"



O fim-de-semana que passou foi cheio de emoção.

Bem sei que por aqui não cheguei a dizê-lo, mas em Janeiro passado voltei ao ballet.
Sábado de manhã lá estivemos todas para a apresentação do final do ano, num misto de aparente calma e alguma nervoseira antes do pisar um palco. Fomos, e correu tudo melhor do que temíamos depois do horrendo (na minha opinião) ensaio geral do dia anterior.

Com música e dança, voltámos a contar a história do Feiticeiro do Oz. (Um dos filmes que mais vezes vi quando era miúda - embora não fosse o meu preferido, e me lembre de não ter grande curiosidade em ver o Feiticeiro no fim do filme...) No entanto, em vez de Dorothy seguir o caminho dos tijolos amarelos, era o arco-iris que a levava numa viagem por imensos países. Fomos a tempestade e o arco-iris entre várias crianças pequeninas, "da" China, Japão, Quénia... (Fomos também a Itália, acalorada com palmas do público ao ritmo da tarantella napoletana!)

No fim, o arco-iris ficou incumbido de ajudar as pequeninas no seu agradecimento. O verde e o amarelo (eu própria), ficámos com as pequenas Japonesas, de quatro e cinco anos. Ora... adoro crianças, como quem me conhece bem sabe, e já no dia anterior tinha tratado de saber os nomes e de criar proximidade entre nós; zanguei-me com elas e tudo, quando já estavam a dispersar cansadas no ensaio geral, mas no dia correu tudo bem e elas estavam contentes por estarem direitinhas sob o olhar orgulhoso dos pais (e meu, confesso).

Bem sei, também, que nunca o disse, mas dia 4 de Junho era o dia em que a minha Avó faria anos. E todas essas emoções, no final e depois de ouvir (pela primeira vez!) a moral da história do espectáculo, ao mesmo tempo que o pano começava a descer e finalmente os projectores me deixaram ver o sorriso da minha Mãe, fizeram com que tivesse que conter o choro.

Não eram lágrimas de tristeza... eram de alegria por ter voltado a estas andanças, num dia que me toca pessoalmente - tornando-se numa espécie de homenagem - ainda que íntima - e por estarmos a transmitir uma mensagem tão importante a miúdos pequenos, e que tantos adultos se esquecem! (Não estava muito contente com a minha prestação porque houve erros que podia ter evitado, e vá... sou um bocadinho exigente - neste campo, hoje em dia, já nem posso falar em perfeccionismo, porque a perfeição para mim estará sempre bem longe!)

Apercebi-me depois, quando me virei e saímos do palco que não era a única comovida - nem de longe! E soube mais tarde, que não só os intervenientes, como também grande parte do público se comoveu com tudo.

Ficarei com beijinhos e abraços das "minhas" Japonesinhas na memória, a dizer "és fofinha", "deixa-me dar-te mais um beijinho" e muitos miminhos, e até dos pequeninos dos tambores a agarrarem-se às minhas pernas.

Uma manhã em cheio! =)

Deixo-vos com a moral da história, então:
"Tudo aquilo que procuramos está dentro de cada um de nós, mas para os nossos desejos realizar basta acreditar e os amigos guardar!"

É ou não é?
SONHAR, ACREDITAR, (CON)VIVER!



18 maio 2011

Quando for grande...

... quero ter uma assim!


24 agosto 2010

Mais um momento inesperado


Ainda não percebi porque continuam as pessoas a misturar ideias relacionadas com o sistema em que vivemos, e preconceitos... Perceber, percebi - mas faz-me uma enorme confusão!
Custa-me saber que há pessoas que não são tratadas como pessoas só porque passam a ser categorizadas de acordo com um qualquer estereotipo.

Afinal... somos “todos diferentes, todos iguais” [ou alguns nem pararão um minuto para pensar realmente no que é que isso quer dizer? (Maltidos umbigos...)]

(Ok: temos todos o direito de não gostar deste ou daquele, mas não de enxovalhar ou desrespeitar sem um motivo plausível...)



Ontem quatro miúdas marcaram o meu dia.
Não eram umas miúdas quaisquer... Passaram, a comer chupa-chupas, enquanto estava distraída na conversa e fizeram questão de despertar a minha atenção com uma frase solta que ninguém esperaria. Mas não estavam à espera que lhes respondesse... muito menos que a minha Mãe e eu continuássemos a conversar com elas.

A mais pequena tinha 8 anos e as mais velhas 10. Eram primas. Tinham um “nome verdadeiro” e outro “mentiroso”.

Carolina. Maria. Marta. Joana.
Os verdadeiros.

Perguntei pela escola. (Na escola tinham que usar o “verdadeiro”... mas em casa, era o “mentiroso” que contava!) Já sabiam ler mais ou menos... só Carolina lia melhor, que já estava no 3º ano.
A Maria disse-me muito eufórica que ia ter um mano, e que a Carolina ia ter uma mana.
Falavam todas ao mesmo tempo e queriam fazer tantas perguntas que quase nem me davam “espaço” para lhes fazer eu algumas.
Os olhos brilhavam de entusiasmo.

A certa altura, depois de 2 minutos de conversa, e de lhes fazermos um elogio, ficaram encavacadas... A mais velha, Marta, com uns grandes olhos num tom azul esverdeado, disse, quase como se se sentisse na obrigação, depois de uma trinca no chupa-chupa, com um olhar distante e embaraçado, “mas nós somos ciganas...”.

Aquela frase foi dura de ouvir.
Logo a seguir contaram como “no outro dia um senhor estava a brincar com um irmão de uma e, quando percebeu que era cigano, largou logo a criança”.
Sim... as pessoas tornam-se ridículas a este ponto.

Custou ainda mais explicar que não devem ligar a pessoas que lhes digam “coisas más” só porque são ciganas. Acho que a partir do momento em que nos disseram que eram ciganas e que perceberam que não lhes íamos virar as costas sem mais nem menos, ficaram outra vez contentes (e nós é que estávamos sem grandes palavras, pelo momento anterior...).

Só as desiludi, acho, quando perceberam que não era casada. Disseram-me que devia ser - algo tristes - porque já tinha mais de 20...
Ri-me e perguntei-lhes “vocês já sonham em casar, é? já têm namorados?” Ao que me responderam que sim, “temos todas” a rir - com um ar que eu chamo de malandreco, que é algures entre o malandro e o envergonhado.

Este foi o último tema da nossa conversa de pouco mais de 5 minutos...

Passei por elas de carro logo a seguir, e disse-lhes adeus.
Ficaram a dizer-me adeus até eu virar no final da rua – eu vi-as pelo retrovisor a sorrir e aos saltos.

Eu fui a sorrir por dentro até casa.

20 outubro 2009

Apazigo...


(... ainda em relação às Mães e suas responsabilidades! - quem diz Mães, diz Pais, atenção!)

Porquê?
Porque no texto anterior pode parecer que ser boa Mãe é uma tarefa relativamente fácil, que basta uma componente inata e "plim! - já está: tu vais ser boa Mãe, tu vais ser má/não tão boa Mãe..." (e eu ainda tenho a agravante de estar a escrever acerca de uma situação que não vivo - já que só sou inteiramente responsável pela Smartie, a minha gatinha - MAS sei que não é bem (ou nada) assim...)

Para além disso... há outro motivo para voltar a falar no assunto! Encontrei este vídeo que me deixou a rir à gargalhada e não consegui conter o impulso de imediatamente o enviar à minha própria Mãe e de pensar... "nem a propósito do que escrevi sobre a maternidade":


(É ou não é um bom vídeo para se ver sempre que o relógio biológico "ameaçar" tocar?? Uma pessoa com muitas dúvidas ou falta de condições que considere ideais, pensa rapidamente "eu ainda não estou preparada(o) para isto" LOL - são imensas as responsabilidades durante um mínimo de 18 anos...)

02 outubro 2009

Irrita-me solenemente...


... ver mães levarem os filhos pequenos pela mão sem pensarem!

Sim: leram bem! Sem pensarem... nas possíveis consequências da irresponsabilidade pela forma como os levam!
Sei que não sou mãe (ainda, mas espero um dia vir a ser), e que posso ser criticada e chamada a atenção por isso: mas só o admito que uma boa Mãe o faça.

Neste caso, e até porque uma boa Mãe é bastante difícil de definir (talvez, cada vez mais difícil!), considero boas Mães todas aquelas que em situações semelhantes condenem as atitudes irresponsáveis de mães a que me refiro com esta irritação.

Basta-me ver um simples atravessar de rua sem o mínimo cuidado para ficar assim! Como é possível? Ir sem atenção aos carros e todos os outros transeuntes quando vão sozinhas é uma coisa, agora, quando vão com uma criança de dois, três, quatro anos?! Não há desculpa... e não falo de acidentes que acontecem como acidente - é óbvio que acontecem acidentes em que a Mãe não tem culpa, os azares acontecem - falo de acidentes por culpa de comportamentos irresponsáveis. Há pouco presenciei um comportamento que incluo nos desse tipo (e que me irritou tanto que ainda estou a escrever sobre isso!)... Passei de carro por uma senhora que vinha com uma criança de dois/três anos: vinha quase no meio da estrada, a olhar para o chão, com a miúda do lado dos carros. Vi-a assim que entrei na rua e abrandei, mas sempre à espera que ela me visse... NADA! Só me viu quando estava a menos de um metro do carro! Fico parva com isto!

Logo a seguir ("tipo" agora...), penso se estarei a exagerar e começo a inventar desculpas para a senhora... "se calhar não é mesmo a mãe e não tem sensiblidade nenhuma para tomar conta de crianças", "se calhar foi uma vez sem exemplo", "se calhar aconteceu alguma coisa grave e ela vem desnorteada a pensar nisso"... ses!

Mas se calhar, se viesse outro condutor, também desnorteado, distraído, com problemas ou fosse o que fosse, nem uma nem outra estavam ali e iam parar ao hospital na melhor das hipóteses... E depois "ai a minha menina isto... ai a minha menina aquilo..."!
Há acidentes que se podem evitar... se somos adultos e estamos responsáveis por outras pessoas, tentemos ser o mais responsáveis que pudermos.


18 setembro 2009

Sete anos...


... passam a voar!


É um dos meus números favoritos, o sete.

Mas no que toca ao calendário, parece-me muito tempo! Começo sempre a pensar em comparação ao que é possível acontecer em sete anos... e lembro-me das crianças, e da enorme diferença de aprendizagens e de desenvolvimento que há entre um bebé e uma criança de 6/7 anos... é uma diferença abismal mesmo, num espaço de tempo que para nós, adultos, parece passar num instante, cada vez mais depressa e com cada vez menos diferenças, igualmente notáveis, ao longo da vida!


Há sete anos comecei a trabalhar... mas a sério!
Não é comum (na minha geração - já que a grande maioria começou a trabalhar há um/dois anos)... mas também não gosto de situações demasiado comuns, e assim aprendi muita coisa que não teria aprendido da mesma forma.

A procura começou por brincadeira, como ocupação do tempo livre, enquanto estudava. No entanto, ironia do destino ou não, no dia anterior ao primeiro dia do part-time, telefonaram-me a perguntar se queria começar a tempo-inteiro! Nem hesitei... estava desanimada com os estudos... Não quis sequer saber quanto ia receber, o que eu queria era mesmo mudar de vida e aprender alguma coisa que realmente me fosse útil e me motivasse.
Nunca, até à altura do secundário, pensei que a minha vida seguisse o rumo que seguiu (ou melhor: que eu seguisse aquele rumo... o que escolhi - escuso de deixar em aberto, porque as opções foram mesmo minhas e não me arrependo de nenhuma). E provavelmente, todos os outros à minha volta ficaram tão ou mais surpreendidos com essas mudanças.

Lembro-me do primeiro dia de trabalho como se fosse hoje. Até tive sorte, acho... Sempre me disseram que lojas de roupa como aquela eram "ninhos de cobras", especialmente aquela, em que os clientes também não ajudam e há de tudo. Consigo "ver-me" de fora e sentir como era ingénua, e o quanto aprendi desde esse dia até hoje. O quanto mudou... a minha perspectiva e a minha forma de reagir. No fundo, não é que eu tenha mudado, mas o confronto com a realidade trouxe-me das nuvens para o chão... e em vez de viver noutro mundo o tempo todo, passei a visitá-lo só quando é possível.

Na escola da vida que ingressei há sete anos, aprendi...
... a não ter vergonha em falar sobre o que for, com quem for (sim, era mesmo muito mais tímida, e bem mais calada);
... a trabalhar em equipa (a ser menos indivualista), como parte dela e como responsável pelos resultados;
... a partilhar o que aprendi no passado com os meus novos colegas;
... a resolver situações injustas, que até pudessem não ter nada a ver comigo, sem deixar de ser quem sou e sem perder a paciência, a postura ou o sentido de responsabilidade;
... a organizar o meu tempo livre melhor para poder fazer tudo o que quero sem chegar atrasada ou falhar ao compromisso laboral...

Aprendi, acima de tudo, que era capaz de ser independente e de atingir os meus objectivos com confiança.



Tenho saudades dos bebés, dos miúdos (e alguns até sabiam o meu nome), de assistir à evolução das barrigas das futuras Mães e do crescimento dos miúdos, da algazarra nos feriados e fins-de-semana, dos risos, das partidas quando não havia nada para fazer, das discussões por um melhor resultado... das transformações com criatividade!
Há dias que me apetece lá ir e dizer a alguém "troca comigo hoje! vai lá para o escritório, eu fico aqui!"...



Nota: Este post faz-me sentir um pouco egocêntrica... o texto acima era apenas um marco desta data, mas rapidamente, e nem sei bem como, passou a uma espécie de balanço pessoal...

11 agosto 2009

Sem comentários




O vídeo já tinha circulado por e-mail há uns tempos, mas vale a pena recordar...

26 junho 2009

Lengalengas...

Aí vão sete! Aí vão oito!!!

Pim, pam, pum,
Cada bala mata um.
Lá em cima do piano,
Está um copo com veneno,
Quem bebeu morreu.

(O azar foi teu!)

Pim, pam, pum,
cada bala mata um,
p'rá galinha e p'ró perú,
quem está livre és mesmo...
TU!


Ou posso só fazer:
"
Pimponeta, pita pita pituxa, pita pita pituxa, PLIM!"
E pufff... all gone! (Fst-fst, já se foi! LOL)

=)

19 junho 2009

I like to...

...move it move it,
I like to move it move it,
I like to move it move it,
You like to...
MOVE IT!





Se não viram o Madagascar 2, vejam! É muito giro, mesmo! Fui ver ao cinema e adorei... talvez pela companhia mais fantástica que podia ter, a minha irmã.
=)

Tenho a certeza que para ela ainda terá sido mais especial do que para mim, já que foi o primeiro filme que viu no grande ecran! Foi com o maior orgulho que não deixei que ninguém a levasse ao cinema antes de mim, para que não me "roubassem" uma promessa que lhe tinha feito!

Também recordo o primeiro filme que vi no cinema: "O Urso"... e sei perfeitamente quem estava comigo no cinema nesse dia. Mas isso são cenas de um próximo capítulo. Bem mais emotivo e triste...

Bom fim-de-semana!

04 junho 2009

O que é o amor?

«Esta foi a pergunta feita a um grupo de crianças de 4 a 9 anos, durante uma pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia. Emocione-se e divirta-se com as respostas!


* "Amor é quando alguém te magoa, e tu, mesmo muito magoado, não gritas, porque sabes que isso fere os sentimentos da outra pessoa." Mateus, 6 anos.


* "Quando minha avó ficou com artrite, e deixou de poder dobrar-se para pintar as unhas dos pés, o meu avô passou a pintar as unhas dela, apesar de ele também ter muita artrite." Rebeca, 8 anos.


* "Amor é quando uma menina põe perfume e o menino põe loção pós-barba, depois saem juntos e se cheiram um ao outro." Carlos, 5 anos.


* "Eu sei que minha irmã mais velha me ama porque ela dá-me todas as roupas velhas e tem que sair para comprar outras." Laura, 4 anos.


* "Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, apesar de se conhecerem há muito tempo." António, 6 anos


* "Quando alguém te ama, a forma de dizer o teu nome é diferente..." Tiago, 4 anos.


* "Amor é quando tu sais para comer e ofereces as tuas batatinhas fritas sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela." Cristina, 6 anos.


* "Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes, para ter certeza que está ao gosto dele." Daniel, 6 anos.


* "Se queres aprender a amar melhor, deves começar com um amigo de quem não gostas." Andreia, 6 anos.


* "Amor é quando a nossa mãe vê o nosso pai chegar suado e mal cheiroso, e ainda diz que ele é bonito!" Cristiano, 8 anos.


* Quando amas alguém, os teus olhos sobem e descem, e pequenas estrelas saem de ti!" Carla, 7 anos.


* "Amor é quando o teu cão te lambe a cara, mesmo depois de o teres deixado sozinho o dia inteiro." Mariana, 4 anos.»


As crianças são mesmo o melhor do Mundo!

Nota - Tiago, não sei quem és... mas dou-te o meu apoio para namorares com a minha irmã daqui a uns anitos! O mais pequenino sabe-a toda! Mateus, tu também passas... LoL (e não é por terem nomes de Apóstolos, não...)

Dia Internacional das Crianças Vítimas Inocentes de Agressão





01 junho 2009

Mundo de Crianças


A semana passada vi umas manchetes com fotografias inéditas de Bonnie & Clyde... e não sei porquê, sempre que penso neles, lembro-me de um musical de 1976, Bugsy Malone, que adorei quando era miúda! (Lá está... a história passa-se anos 20!)

Já que hoje é Dia Mundial da Criança, e que no dito filme os actores eram todos crianças... fica aqui uma recordação:


Jodie Foster - My Name is Tallulah


Dia Mundial da Criança

"Sabias que tens direitos?

Sabias que as Nações Unidas aprovaram uma lei chamada Convenção sobre os Direitos da Criança? Os teus direitos dizem respeito ao que podes fazer, e ao que as pessoas responsáveis por ti devem fazer para que sejas feliz, saudável e te sintas seguro. Mas, claro que tu também tens responsabilidades para com as outras crianças e para com os adultos para que também eles gozem dos seus direitos. Uma convenção é um acordo assinado entre países, para obedecerem à mesma lei. Quando o governo de
um país ratifica uma convenção, quer dizer que se compromete a cumprir o que está escrito nessa convenção. Portugal ratificou a Convenção sobre os Direitos da Criança em 21 de Setembro de 1990. Isto significa que o nosso governo deve tomar as medidas necessárias para que todas as crianças gozem dos direitos definidos nessa Convenção. A Convenção tem 54 Artigos que explicam cada um dos teus direitos. A Convenção sobre os Direitos da Criança foi escrita por juristas, por isso não é fácil de compreender até mesmo pelos adultos. O artigo 42 da Convenção diz que tens o direito de conhecer os teus direitos, por isso, decidimos escolher os que julgamos mais importantes e explicá-los numa linguagem mais simples.

Artigo 1 Todas as pessoas com menos de 18 anos têm todos os direitos escritos nesta Convenção.
Artigo 2 Tens todos esses direitos seja qual for a tua raça, sexo, língua ou religião. Não importa o país onde nasceste, se tens alguma deficiência, se és rico ou pobre.
Artigo 3 Quando um adulto tem qualquer laço familiar, ou responsabilidade sobre uma criança , deverá fazer o que for melhor para ela.
Artigo 6 Toda a gente deve reconhecer que tens direito à vida.
Artigo 7 Tens direito a um nome e a ser registado, quer dizer, o teu nome, o dos teus pais e a data em que nasceste devem ser registados. Tens direito a uma nacionalidade e o direito de conheceres e seres educado pelos teus pais.

Artigo 9 Não deves ser separado dos teus pais, excepto se for para o teu próprio bem, como por exemplo, no caso dos teus pais te maltratarem ou não cuidarem de ti. Se decidirem separar-se, tens de ficar a viver com um deles, mas tens o direito de contactar facilmente com os dois. Artigo 10 Se tu e os teus pais viverem em países diferentes, tens direito a regressar e viver junto deles.
Artigo 11 Não deves ser raptado mas, se tal acontecer, o governo deve fazer tudo o que for possível para te libertar.
Artigo 12 Quando os adultos tomam qualquer decisão que possa afectar a tua vida, tens direito a dar a tua opinião e os adultos devem ouvir seriamente o que tens a dizer.
Artigo 13 Tens direito a descobrir coisas e dizer o que pensas através da fala, da escrita, da expressão artística, etc., excepto se, ao fazê-lo, estiveres a interferir com os direitos dos outros. Artigo 14 Tens direito à liberdade de pensamento e a praticar a religião que quiseres. Os teus pais devem ajudar-te a compreender o que está certo e o que está errado.
Artigo 15 Tens direito a reunir-te com outras pessoas e a criar grupos ou associações, desde que não violes os direitos dos outros.
Artigo 16 Tens direito à privacidade. Podes ter coisas como, por exemplo, um diário que mais ninguém tem licença para ler.
Artigo 17 Tens direito a ser informado sobre o que se passa no mundo através da rádio, dos jornais, da televisão, de livros, etc. Os adultos devem ter a preocupação de que compreendes a informação que recebes.
Artigo 18 Os teus pais devem educar-te, procurando fazer o que é melhor para ti.
Artigo 19 Ninguém deve exercer sobre ti qualquer espécie de maus tratos. Os adultos devem proteger-te contra abusos, violência e negligência. Mesmo os teus pais, não têm direito de te maltratar.
Artigo 20 Se não tiveres pais, ou se não for seguro que vivas com eles, tens direito a protecção e ajuda especiais.
Artigo 21 Caso tenhas de ser adoptado, os adultos devem procurar ter o máximo de garantias de que tudo é feito da melhor maneira para ti.
Artigo 22 Se fores refugiado (se tiveres de abandonar o teu país por razões de segurança), tens direito a protecção e ajuda especiais.
Artigo 23 No caso de seres deficiente, tens direito a cuidados e educação especiais, que te ajudem a crescer do mesmo modo que as outras crianças.
Artigo 24 Tens direito à saúde. Quer dizer que, se estiveres doente, deves ter acesso a cuidados médicos e medicamentos. Os adultos devem fazer tudo para evitar que as crianças adoeçam, dando-lhes uma alimentação conveniente e cuidando bem delas.
Artigo 27 Tens direito a um nível de vida digno. Quer dizer que os teus pais devem procurar que não te falte comida, roupa, casa, etc. Se os pais não tiverem meios suficientes para estas despesas, o governo deve ajudar.
Artigo 28 Tens direito à educação. O ensino básico deve ser gratuito e não deves deixar de ir à escola. Também deves ter possibilidade de frequentar o ensino secundário.
Artigo 29 A educação tem como objectivo desenvolver a tua personalidade, talentos e aptidões mentais e físicas. A educação deve, também, preparar-te para seres um cidadão informado, autónomo, responsável, tolerante e respeitador dos direitos dos outros.
Artigo 30 Se pertenceres a uma minoria, tens o direito de viver de acordo com a tua cultura, praticar a tua religião e falar a tua própria língua.
Artigo 31 Tens direito a brincar.
Artigo 32 Tens direito a protecção contra a exploração económica, ou seja, não deves trabalhar em condições ou locais que ponham em risco a tua saúde ou a tua educação. A lei portuguesa diz que nenhuma criança com menos de 16 anos deve estar empregada.
Artigo 33 Tens direito a ser protegido contra o consumo e tráfico de droga.
Artigo 34 Tens o direito de ser protegido contra abusos sexuais. Quer dizer que ninguém pode fazer nada ao teu corpo como, por exemplo, tocar-te, tirar-te fotografias contra a tua vontade ou obrigar-te a dizer ou fazer coisas que não queres.
Artigo 35 Ninguém te pode raptar ou vender.
Artigo 37 Não deverás ser preso, excepto como medida de último recurso, e, nesse caso, tens direito a cuidados próprios para a tua idade e visitas regulares da tua família.
Artigo 38 Tens direito a proteção em situação de guerra.
Artigo 39 Uma criança vítima de maus tratos ou negligência, numa guerra ou em qualquer outra circunstância, tem direito a protecção e cuidados especiais.
Artigo 40 Se fores acusado de ter cometido algum crime, tens direito a defender-te. No tribunal, a polícia, os advogados e os juízes devem tratar-te com respeito e procurar que compreendas o que se está a passar contigo.
Artigo 42 Todos os adultos e crianças devem conhecer esta Convenção. Tens direito a compreender os teus direitos e os adultos também.

A Convenção sobre os Direitos da Criança tem 54 artigos. Os que não referimos aqui dizem, sobretudo, respeito à forma como os adultos e os governos devem trabalhar em conjunto para que todas as crianças gozem dos seus direitos. A maioria das pessoas sabe que as crianças têm direitos, mas muitas delas gostariam de os conhecer melhor. Por isso, é bom que fales no assunto com os teus amigos, com os teus pais e professores. Assim estás, também, a ajudar outras crianças."


por Comité Português para a UNICEF