09 junho 2011

"Somewhere...


... over the rainbow,
skies are blue,
and the dreams that you dare to dream
really do come true. (...)"



O fim-de-semana que passou foi cheio de emoção.

Bem sei que por aqui não cheguei a dizê-lo, mas em Janeiro passado voltei ao ballet.
Sábado de manhã lá estivemos todas para a apresentação do final do ano, num misto de aparente calma e alguma nervoseira antes do pisar um palco. Fomos, e correu tudo melhor do que temíamos depois do horrendo (na minha opinião) ensaio geral do dia anterior.

Com música e dança, voltámos a contar a história do Feiticeiro do Oz. (Um dos filmes que mais vezes vi quando era miúda - embora não fosse o meu preferido, e me lembre de não ter grande curiosidade em ver o Feiticeiro no fim do filme...) No entanto, em vez de Dorothy seguir o caminho dos tijolos amarelos, era o arco-iris que a levava numa viagem por imensos países. Fomos a tempestade e o arco-iris entre várias crianças pequeninas, "da" China, Japão, Quénia... (Fomos também a Itália, acalorada com palmas do público ao ritmo da tarantella napoletana!)

No fim, o arco-iris ficou incumbido de ajudar as pequeninas no seu agradecimento. O verde e o amarelo (eu própria), ficámos com as pequenas Japonesas, de quatro e cinco anos. Ora... adoro crianças, como quem me conhece bem sabe, e já no dia anterior tinha tratado de saber os nomes e de criar proximidade entre nós; zanguei-me com elas e tudo, quando já estavam a dispersar cansadas no ensaio geral, mas no dia correu tudo bem e elas estavam contentes por estarem direitinhas sob o olhar orgulhoso dos pais (e meu, confesso).

Bem sei, também, que nunca o disse, mas dia 4 de Junho era o dia em que a minha Avó faria anos. E todas essas emoções, no final e depois de ouvir (pela primeira vez!) a moral da história do espectáculo, ao mesmo tempo que o pano começava a descer e finalmente os projectores me deixaram ver o sorriso da minha Mãe, fizeram com que tivesse que conter o choro.

Não eram lágrimas de tristeza... eram de alegria por ter voltado a estas andanças, num dia que me toca pessoalmente - tornando-se numa espécie de homenagem - ainda que íntima - e por estarmos a transmitir uma mensagem tão importante a miúdos pequenos, e que tantos adultos se esquecem! (Não estava muito contente com a minha prestação porque houve erros que podia ter evitado, e vá... sou um bocadinho exigente - neste campo, hoje em dia, já nem posso falar em perfeccionismo, porque a perfeição para mim estará sempre bem longe!)

Apercebi-me depois, quando me virei e saímos do palco que não era a única comovida - nem de longe! E soube mais tarde, que não só os intervenientes, como também grande parte do público se comoveu com tudo.

Ficarei com beijinhos e abraços das "minhas" Japonesinhas na memória, a dizer "és fofinha", "deixa-me dar-te mais um beijinho" e muitos miminhos, e até dos pequeninos dos tambores a agarrarem-se às minhas pernas.

Uma manhã em cheio! =)

Deixo-vos com a moral da história, então:
"Tudo aquilo que procuramos está dentro de cada um de nós, mas para os nossos desejos realizar basta acreditar e os amigos guardar!"

É ou não é?
SONHAR, ACREDITAR, (CON)VIVER!



2 comentários:

Anónimo disse...

=)

adorei o pormenor do final
...sonhar, acreditar, (CON)VIVER!"

SaL disse...

Obrigada =)

Pelo simpático comentário, e por (con)viver neste blog.