01 julho 2011

Miminhos da Mamã



Levo com cada ralhete nestes dias em que me apetecem miminhos desses... mas acho que isso os torna ainda mais especiais.
Há dias em que me apetece muito partilhar as frustrações da vida, como forma de protesto das injustiças e agruras da vida. E de gente estúpida, e má e feia e pita carocha que anda por aí. É assim que o meu lado infantil surge, sem ser nas brincadeiras... Não é a fazer queixinhas - mas quase! - é a choramingar porque afinal as coisas não são como se gostava que fossem, e isso é muito injusto, numa desilusão imensa pelos porquês sem resposta. Como se fossem umas queixinhas tardias, do género "os meninos não quiseram brincar comigo" ou "fiz os trabalhos de casa, toda a gente copiou por mim, e a professora zangou-se comigo", mas umas semanas depois ou depois das aulas já terem acabado - quando já não há qualquer perigo de ser tomado como verdadeira queixinha (que só pretende a ameaça de um dos grandes quando se acham pequenos demais para a afronta) NÃO - porque aqui há afronta e contorno do problema, há até bastante ânimo, segurança e assertividade q.b. - são apenas desabafos...
E quem é que os ouve?!
A Mamã, pois está claro!

(O Papá também - mas aí não há ralhetes, nem comparações... em vez disso, há pedidos para manter os níveis de calma, que tudo corre bem - e acho que os níveis de calma se descontrolam do lado de lá com o pânico de alguma coisa poder estar mal.)
Só levo ralhetes porque realmente não há grandes motivos para reclamar - há vazios - e porque fui educada para ser independente e resiliente - e sou - portanto não há nada que reclamar. Filha minha não é piegas.

Mas os miminhos da Mamã sabem tão beeeem!
Será que vão saber assim para sempre?
Espero bem que sim!

2 comentários:

SaL disse...

Não estava muito lamechas, mas com uma grande dor no pescoço. Os mimos fizeram bem, e Sábado já conseguia mexer-me normalmente para dançar. =)

A ideia do post surgiu da dúvida transgeracional - será que também darei "ralhetes" um dia? E os mimos continuarão a saber tão bem, quando (se!) também eu os der?

Anónimo disse...

=)

...foge um bocado ao contexto, mas fizeste-me lembrar disto:


Aos 4 anos pensamos: “A minha mãe sabe tudo”

Aos 8 anos: “A minha mãe sabe muitas coisas”

Aos 12 anos: “A minha mãe não sabe tudo”

Aos 14 anos: “Sem dúvida que a minha mãe não sabe isto”

Aos 16 anos: “A minha mãe é tão antiquada!”

Aos 18 anos: “A minha mãe está tão fora do assunto..."

Aos 25 anos: “Bem, pode ser que a minha mãe saiba um pouco mais do que aquilo que eu pensava...”

Aos 35 anos: “Antes de decidir, porque não pedir uma opinião á minha mãe?”

Aos 45 anos de idade: “O que é que será que a minha mãe pensaria sobre isto?”

Aos 65 anos de idade: “Quem me dera poder partilhar isto com a minha mãe...”


nem sempre damos o devido valor a esses "miminhos"....mas tu pareces saber aproveita-los bem hehe ;)