24 março 2010

Medo?

Já me perguntaram várias vezes no último ano...
“Não tens medo de viver sozinha???”

Já não me espanta a pergunta. A primeira vez devo ter ficado com ar incrédulo por ficar a pensar se teria entendido a dúvida. É que nunca sequer pensei no assunto até então...

“Não, não tenho medo... moro num prédio, não me sinto muito isolada se acontecer alguma coisa.” Se tiver que acontecer, acontece, esteja só ou acompanhada – digo eu. E há milhares de pessoas a viverem sozinhas por aí, e acho que ninguém deixa de o fazer por medo.* Existirão, com certeza, outros motivos mais relevantes.

Será muito estranho? Não digo que seja tudo fácil, tem prós e contras, como tudo.

Um dos contras é, por exemplo, ter que ver imagens de filmes cómicos, ou algo que distraia, sempre que teimo em ver (à noite)
thrillers ou filmes ditos de terror... que por acaso, adoro! Não por medo, ou por poder imaginar situações bizarras - como alguém atrás da porta do quarto ao deitar, ou qualquer coisa do género - mas porque a adrenalina torna-se realmente muita para a hora de dormir – sem pesadelos! =)

Para quem também gosta deste tipo de filmes, recomendo o último que vi...
Orphan. Tem elementos surpresa, que na minha opinião, é o que costuma faltar à maioria.



* Depois de me perguntarem tantas vezes, talvez deva reformular esta minha ideia, ou arranjar maneira de a estudar no futuro... quem sabe não obtenho resultados interessantes!

5 comentários:

SaL disse...

Além disso... sempre ouvi dizer "Quem tem medo compra um cão!" e "Quem não tem cão, caça com gato!"
Tenho a minha fera felina lá em casa, sempre de guarda! LOL!

E não duvido que ataque alguém para me defender...

É pequenina, mas consegue assustar muito quando quer!

Piri-Piri disse...

Ás vezes a questão principal não é o facto de ter-mos medo de viver sozinhos ou não mas no que nos podemos transformar. Já vivi sozinho e mudei um pouco, fui menos tolerante na ocupação do meu território, um pouco como o felino que tens em casa mas pior que isso, da-va por mim a falar sozinho.
-" Estarei eu maluco" foi o que mais me assustou. Mas como em tudo o que tem o lado mau o lado bom enchia-me de coisinhas boas entre as quais fazer o que quisesse quando quisesse ;)

SaL disse...

Concordo com o facto de nos tornarmos menos tolerantes com a ocupação do nosso território... mas acho que com essa alteração também passamos a respeitar mais o território dos outros.

O falar sozinho é bastante comum, mesmo nas pessoas que vivem com outras... entre a doença mental e a vida saudável, estão, no meu ponto de vista, o contexto, o sentido da "conversa" e o significado que se atribui à mesma. O ser humano ser um ser sociável é uma explicação.

Eu falo com a minha gatinha... e ela responde-me! LOL! Um animal de estimação faz muitas vezes mais companhia que algumas pessoas. Há sempre comunicação, nem que seja só quando a fome (deles) aperta! ;)

Quanto às coisinhas boas, sem dúvida!

A Paraíso disse...

Já me ri com os vossos comentários: comecei a pensar que os meus vizinhos devem duvidar da minha sanidade mental, de tanto falar quando estou teoricamente sozinha em casa... "Vem cá meu amorzinho lindo!" "Sai daí!!!" "AU!!! Ai ai"
É o que dá ter gatos em casa!
No que toca à parte séria, apesar de dividir casa com a Kadinha, fiquei um pouco assustada quando a casa dos meus pais foi assaltada em plena luz do dia. É tão fácil de acontecer e é uma sensação tão horrível saber que alguém esteve no nosso quarto, a remexer no que é nosso! Na altura andei um pouco paranóica, confesso!

SaL disse...

LOL!
Pois, a minha gata é só uma e acho que os vizinhos ainda não perceberam que agora moro sozinha...
Quando são gritos, também é o habitual "Sai daí! Ai, ai, ai... Que eu vou-me zangar contigo!".
E às vezes, quando ela me tenta, porque é uma peste quando está determinada, ainda lhe digo "E não estou a brincar!!! Estou a falar muito a sério!", " Aí nãaaaaaaaaaao!", "Não comas a planta", "O que é que andaste a fazeeer??", "O que é istoo??". Às vezes penso... opá, quando e se tiver filhos, vou ter que ter muito cuidado com este discurso já tão automático de quem está zangado com traquinices e asneiras.

Quanto à parte séria... imagino o susto! De certeza que também ficaria assim se me acontecesse o mesmo! Até lá, não tenho medo, mas vou andando sempre alerta.

Acho que o sítio onde moro também me transmite muita segurança. Há sempre vizinhos atentos - e não cuscos - com quem lido diariamente. (como falo pouco!!! LOL!)